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Adoções por impulso levam ao crescimento de abandono de animais, alerta CRMV-RS
28/07/2020

O período de isolamento – e sua consequente sensação de solidão – podem fazer com que a ideia de adotar um animal como companhia seja uma solução. Mas não é tão simples assim. A decisão de acolher um bichinho em sua casa não pode ser tomada de maneira impulsiva, uma vez que os animais apresentam obrigações as quais os tutores devem estar sempre atentos – inclusive após o período de quarentena. Para trazer luz ao tema da guarda responsável, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) desenvolveu a campanha “No impulso, não adote!”, iniciativa que conta com o patrocínio da Supra e o apoio do Sulpetro/RS.

 

Desde o início do isolamento social alguns estados brasileiros registraram um aumento expressivo nas adoções. Embora esse dado possa parecer positivo, os casos de abandono registrados também têm crescido. “A solidão, o tédio e a ansiedade do isolamento levam a população a buscar alternativas para o contato social, mas na hora de adotar uma vida quem deve falar mais alto é o cérebro e o bolso”, explica Luelyn Jockyman, médica veterinária e coordenadora da Comissão de Bem-Estar Animal do CRMV-RS.

 

Mesmo que a companhia de um pet possa ser esse antídoto para os sentimentos negativos, é preciso entender que acolher um animal em sua residência demanda responsabilidades sobre sua alimentação, saúde, lazer, higiene e assistência veterinária. Além dos custos financeiros, os animais necessitam de tempo, dedicação e, principalmente, planejamento antes de serem efetivamente acolhidos. “Temos que trabalhar para o bem-estar coletivo, mas colocando os nossos pacientes em primeiro lugar”, enfatiza a médica veterinária.

 

Números de pets no Brasil

 

Cães, aves e gatos, que estão entre os mais procurados por quem quer ter um pet – e, consequentemente, são as principais vítimas de abandono – representam o maior volume de exemplares. Segundo o IBGE, em 2013 o País contava com 52,2 milhões de cães, 37,9 milhões de aves canoras e ornamentais e 22,1 milhões de gatos, o que coloca o País no segundo lugar em quantidade dessas espécies. Já os peixes (18 milhões, de acordo com o IBGE) dão ao Brasil a 10ª colocação no ranking mundial, enquanto os répteis e pequenos mamíferos (2,2 milhões) colocam o País em 9º lugar na classificação global.

 

Como agir em caso de abandono

 

Denunciar e evitar o abandono de animais são obrigações legais de todo cidadão, mas, mesmo assim, muitos deles são deixados ao relento. Ao encontrar um bichinho, ajude-o! O primeiro passo é observar há quanto tempo ele está vagando no local e certificar-se com a vizinhança se ele tem um tutor. Enquanto busca por essas informações, ofereça água e comida a ele. Se realmente confirmar que se trata de um animal abandonado, você pode capturá-lo em uma caixa de transporte, com os devidos cuidados se ele estiver com medo, arisco ou assustado. Abrigue-o em um local reservado em casa para que ele não tenha contato com seus pets até que passe por uma consulta veterinária. Se não tiver como ficar com ele, busque uma adoção responsável.

 

Maus-tratos e abandono são crime

 

Denúncias de maus-tratos e abandono devem ser feitas em delegacias de polícia, Ministério Público, secretarias de meio ambiente estaduais e municipais e Ibama (em casos de animais selvagens, silvestres e espécies exóticas). Se a pessoa envolvida for médico veterinário ou zootecnista, procure o CRMV ou CFMV.

 

Se tiver interesse, você pode fazer o download das peças gráficas no site do CRMV-RS, em tamanho A4 e para redes sociais. Clique aqui.





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