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Campanha Terapias Integrativas do CRMV-RS busca incentivar debate sobre  o tema
11/10/2019

O objetivo do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) e de sua Comissão de Medicina Veterinária Integrativa com a campanha "Terapias Integrativas" é justamente o de trazer o tema à tona para debatê-lo, uma vez que há muita desinformação e preconceito a seu respeito.  
A prática de Terapias Integrativas e Complementares é exercida por médicos veterinários habilitados nessas áreas. Somente esses profissionais podem realizar tratamentos da linha da Medicina Veterinária Integrativa. A recomendação aos tutores é que busquem clínicas reconhecidas e profissionais devidamente especializados, com formação adequada, pós-graduados e certificados nas técnicas - o que deve ser prática sempre, para qualquer especialidade em questão.
O CRMV-RS entende que não são apenas os humanos que devem ter acesso a tratamentos diferenciados para cuidar da saúde. A Medicina Veterinária também precisa evoluir nessas práticas e investir em conhecimentos integrados para tratar os animais de uma forma ampla, analisando-os como um todo, o que inclui o cenário social em que estão inseridos. Para proporcionar saúde e bem-estar, as Terapias Integrativas não enxergam apenas a doença, mas todo o contexto. E é esse olhar, de buscar o equilíbrio do paciente,  que complementa a Medicina Veterinária tradicional. 
Tanto na saúde animal quanto na humana, as práticas integrativas não substituem o tratamento tradicional. Elas são um adicional, um complemento nas terapêuticas e indicadas por profissionais habilitados (tanto médicos quanto médicos veterinários) conforme as necessidades de cada caso.

A Associação Brasileira de Medicina Veterinária Integrativa (http://abmvi.com.br/modelo/#quemsomos) oferece uma série de materiais que podem ajudar a esclarecer sobre o tema.
As universidades também estão atentas à importância e crescimento da procura por essas terapêuticas. Neste ano, por exemplo, a Universidade Federal do Paraná passou a oferecer, pela primeira vez, a disciplina optativa de Práticas Integrativas em Saúde de maneira interdisciplinar. Idealizada pela professora Milene Zanoni, em parceria com estudantes do projeto de extensão Liga Acadêmica de Práticas Integrativas em Saúde (LAPIS), a disciplina é ofertada em 10 cursos de graduação – Medicina, Nutrição, Odontologia, Enfermagem, Terapia Ocupacional, Medicina Veterinária, Educação Física, Biologia, Fisioterapia e Psicologia.
A criação da disciplina tem como objetivo desenvolver ações envolvendo diferentes atores do SUS e da comunidade acadêmica. Com foco na interprofissionalidade, interdisciplinaridade, intersetorialidade e integração ensino-serviço, a proposta fortalece o conceito de humanização do cuidado e o princípio da integralidade da assistência no contexto das redes colaborativas na formação para o SUS.
O Governo Federal instituiu, desde 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC), cujo objetivo é garantir a atenção integral à saúde através das práticas integrativas e complementares, o que implicou pensar - em conjunto com gestores de saúde, entidades de classe, conselhos, academia e usuários do SUS - uma política pública permanente que considerasse não só os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde, mas a abordagem ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado humano.
Assim, sob um olhar atento e consensual e respaldado pelas diretrizes da OMS , o Ministério da Saúde aprova, então, através da Portaria GM/MS no 971, de 3 de maio de 2006
Na saúde humana, as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) estão presentes em quase 54% dos municípios brasileiros, distribuídos pelos 27 estados e Distrito Federal e todas as capitais brasileiras. Os números disponibilizados pelo SUS sobre a procura por essas terapêuticas mostram a importância que as Terapias Integrativas e Complementares têm:

•    Número de municípios que ofertaram atendimentos individuais em PICS: 3.024 (54%), estando presente em 100% das capitais.
•    Distribuição dos serviços de PICS por nível de complexidade:
   => Atenção Básica 78%.
   => Media 18%.
   => Alta 4%.
•    2 milhões de atendimentos das PICs nas UBS.
•    Mais de 1 milhão de atendimentos na Medicina Tradicional Chinesa, incluindo acupuntura.
•    85 mil fitoterapias.
•    13 mil de homeopatias.
•    926 mil de outras práticas integrativas que não possuíam código próprio para registro, que com a publicação da portaria nº145/2017 passam a ter.
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•    O uso das práticas integrativas no Sistema Único de Saúde (SUS) vem crescendo a cada ano, como complemento em tratamentos em saúde. Nas atividades coletivas, como yoga e tai chi chuan, o crescimento foi de 46%, passando de 216 mil para 315 mil, entre 2017 e 2018. Por isso, o Ministério da Saúde, a partir da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, passou a ofertar um rol de 29 práticas integrativas. São atividades que podem ser feitas individual ou coletivamente.
•    A quantidade de procedimentos relacionados a essas práticas, como uma sessão individual de auriculoterapia ou uma sessão de atividade coletiva, registrada nos sistemas do SUS entre 2017 e 2018, mais que dobrou, passando de 157 mil para 355 mil, aumento de mais de 126%. O reflexo desse aumento também pode ser visto no quantitativo de participantes nessas atividades, que cresceu 36%, de 4,9 milhões de participantes para 6,67 milhões no período.
Todos esses dados podem ser conferidos no site do Ministério da Saúde, nos links
http://saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45294-cresce-46-procura-por-praticas-integrativas-no-sus-2
http://saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares
Abaixo estão listadas as 29 Práticas Integrativas e Complementares oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Para ler a descrição de cada uma delas, basta clicar no link http://saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares


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