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Palestra do CRMV-RS discute problemas de podologia em bovinos
11/09/2021

A prevenção, tratamentos e prejuízos econômicos de problemas podológicos em bovinos foi tema de palestra on-line realizada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) neste sábado (11), durante a programação especial do CRMV-RS na 44ª Expointer. O médico veterinário Paulo César Amaral, secretário-geral do CRMV-RJ e professor do Departamento de Patologia e Clínica da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF) discutiu as principais causas de doenças em cascos de bovinos e as medidas para evitar perdas no rebanho.

 

Amaral destacou que os principais problemas que ocorrem em cascos de bovinos se originam ou do ambiente (como pisos não adequados para os animais e excesso de umidade)  ou de uma nutrição falha. Além disso, muitas vezes a má condição dos cascos demora a ser percebida, uma vez que bovinos são muito resistentes à dor. “Quando o animal está claudicando muito, é sinal de que o problema já está bem avançado”, alertou.

 

De acordo com Amaral, a falta de higiene e conforto animal na propriedade rural são os maiores fatores causadores de doenças em cascos. Para evitar essas condições, é importante o investimento nas estruturas físicas, como os estábulos, camas e áreas de confinamento do gado. “Tratar sempre é mais caro do que prevenir. Problemas podológicos geram prejuízos incalculáveis para os criadores”, destacou. Como exemplo, o especialista lembra que bovinos que possuem quadro de dor avançado não ganham peso e apresentam diminuição da produção leiteira que varia de 5% a 10%.

 

“Além disso, o tratamento de animais de produção requer planejamento. Às vezes, de 5% a 6% do rebanho apresenta problemas. Para todos esses bovinos, o pós operatório é trabalhoso, demandando tempo, equipes e gastos. Quando fazemos um tratamento cirúrgico, até 33% dos gastos são com revisões e curativos”, explicou.

 

O professor também lembrou a importância do conhecimento anatômico e da biodinâmica dos bovinos, que muitas vezes é negligenciado pelos profissionais. “Diversas vezes intervenções cirúrgicas mal feitas trazem sequelas que podem levar os animais a descarte”, comentou. Além disso, embora tenha reconhecido que, muitas vezes, o “casqueador” de uma propriedade não seja um médico veterinário, o tratamento terapêutico deve ser de competência exclusiva de profissionais da área.





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