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No Dia Nacional do Doador de Sangue, CRMV-RS destaca que cães e gatos também podem salvar a vida de outros pets
25/11/2020

O Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado em 25 de novembro, além de agradecer a quem pratica o ato, também busca sensibilizar a população quanto a importância da doação. Novembro não foi escolhido à toa. De acordo com o Ministério da Saúde, o mês precede um período de estoque baixo. “Se o volume coletado nos bancos de sangue humano ainda é insuficiente, imagine, então, nos bancos dos pets”, adverte Lisandra Dornelles, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS).

 

Por isso, o CRMV-RS se vale do Dia Nacional do Doador de Sangue para alertar tutores de cães e gatos que depende de eles atenderem a campanhas dos bancos de sangue veterinário, pois a doação tem que ser voluntária. Para poder doar, da mesma forma que acontece com as pessoas, os pets devem obedecer a alguns critérios (veja as especificações abaixo).

 

Antes de cada doação, o histórico do doador também é verificado por meio de testes de controle laboratoriais. Dessa forma, além de estar ajudando a salvar a vida de outro animal, o doador ganha um checkup gratuito. Entre os principais motivos para necessitar de transfusão, estão atropelamentos, acidentes com picada de animais peçonhentos, intoxicação ou doenças.

 

O processo de retirada do sangue leva cerca de 15 minutos, e é acompanhado de perto por médicos veterinários de forma a garantir o bem-estar durante o procedimento. Os riscos para o doador são mínimos. O animal pode ficar mais quieto e sentir um pouco de fraqueza nas primeiras 24h.

 

Depois da coleta, acontece a verificação para saber se o sangue é compatível com o de quem necessita da transfusão. Assim como os humanos, os animais precisam receber o mesmo tipo sanguíneo que o seu. Caso contrário, estão sujeitos a graves reações.

 

O tutor é orientado a evitar que o pet doador faça exercícios físicos intensos por alguns dias, e precisa estimular que ele beba muita água e se alimente com ração. O intervalo recomendado entre as doações é de cerca de 3 meses.

 

O doador canino deve:

  • Ter idade entre 1 a 8 anos;
  • Pesar acima de 28 kg;
  • Ser vacinado anualmente contra doenças infecciosas importantes como raiva, cinomose, hepatite infecciosa, leptospirose, parvovirose e coronavirose;
  • Apresentar temperamento dócil;
  • Não ter nenhuma doença pré-existente, transfusão prévia ou cirurgias nos 30 dias anteriores à doação;
  • Não fazer uso de medicação contínua;
  • Estar com controle de pulgas e carrapatos em dia;
  • Não estar no cio ou ter saído há um mês.

 

 

O doador felino deve:

  • Ter idade entre 2 a 8 anos;
  • Pesar acima de 4,5 kg (tamanho proporcional);
  • Ser vacinado anualmente contra doenças infecciosas importantes, como FIV e FeLV, e ser negativos para PIF;
  • Estar com o controle de pulgas e carrapatos atualizado;
  • Não estar no cio ou ter saído dele há um mês;
  • Não apresentar doença ou transfusão prévia.

 

Benefícios para o animal doador:

Depois da doação, os bancos destinam amostras para exames, que são gratuitos:

  • Hemograma completo
  • Contagem de plaquetas
  • Ureia e creatinina
  • Brucelose
  • Leishmaniose
  • Dirofilariose
  • Erliquiose
  • Babesiose
  • Doença de Lyme
  • Febre maculosa
  • FIV e FeLV (gatos)
  • Mycoplasma haemofelis (gatos)

 

Fontes: Laboratório de Análises Clínicas Veterinárias (LACVET) da Faculdade de Veterinária da UFRGS e Faculdade de Medicina Veterinária do Grupo Educacional Unis 





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