portugues espanhol ingles
Palestra sobre podologia em bovinos movimenta a Casa do Médico-Veterinário
03/09/2022

A prevenção, tratamentos e prejuízos econômicos de problemas podológicos em bovinos foi tema de palestra que ocorreu na manhã deste sábado (3), na Casa do Médico Veterinário, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O médico veterinário Paulo César Amaral, secretário-geral do CRMV-RJ e professor do Departamento de Patologia e Clínica da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF), falou sobre as principais doenças e a importância de preveni-las por meio do manejo correto. “O bom manejo dos casos faz toda a diferença para o bem-estar dos animais”, ressaltou o especialista, que mostrou os tipos de lesões e as enfermidades mais comuns que comprometem a saúde dos rebanhos.

Amaral destacou que os principais problemas que ocorrem em cascos de bovinos se originam ou do ambiente (como pisos não adequados para os animais e excesso de umidade) ou de uma nutrição falha. Além disso, muitas vezes a má condição dos cascos demora a ser percebida, uma vez que bovinos são muito resistentes à dor. “Quando o animal está claudicando muito, é sinal de que o problema já está bem avançado”, alertou.

De acordo com Amaral, a falta de higiene e conforto animal na propriedade rural são os maiores fatores causadores de doenças em cascos. Para evitar essas condições, é importante o investimento nas estruturas físicas, como os estábulos, camas e áreas de confinamento do gado. “Tratar sempre é mais caro do que prevenir. Problemas podológicos geram prejuízos incalculáveis para os criadores”, destacou. Como exemplo, o especialista lembra que bovinos que possuem quadro de dor avançado não ganham peso e apresentam diminuição da produção leiteira que varia de 5% a 10%.

“Além disso, o tratamento de animais de produção requer planejamento. Às vezes, de 5% a 6% do rebanho apresenta problemas. Para todos esses bovinos, o pós operatório é trabalhoso, demandando tempo, equipes e gastos. Quando fazemos um tratamento cirúrgico, até 33% dos gastos são com revisões e curativos”, explicou.