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Conselhos Federal e Regional de Medicina Veterinária são homenageados em Grande Expediente na Assembleia
07/11/2019

O deputado Rodrigo Lorenzoni (DEM) ocupou o Grande Expediente desta quinta-feira (7) para homenagear os 50 anos do sistema composto pelos Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária. O parlamentar, que atuou como conselheiro do Conselho do Rio Grande do Sul por duas gestões e presidiu a entidade por dois mandatos, afirmou que seu “amor pela medicina veterinária está no sangue" e foi transmitida de de pai para filho e de filho para neto. “Meu avô, Dr. Rheno Lorenzoni, foi um dos precursores da profissão no Estado”, revelou, citando as mudanças que ocorreram na profissão no decorrer do tempo, especialmente, no que diz respeito ao desenvolvimento de especialidades médicas.

Para ilustrar o avanço vertiginoso do número de médicos veterinários no Brasil, o parlamentar comparou o número dos registros profissionais de seus familiaraes. “O registro profissional do meu avô era o de número 31. Meu pai concluiu o curso de veterinária em 1976 e possui o registro 1.552. Eu colei grau em 2003 e sou o número 8.272”, descreveu.

Hoje, existem cerca de 117 mil veterinários espalhados por todo o Brasil. É o maior contingente de profissionais do mundo, superior, inclusive, ao de países com a população maior que a brasileira, como os Estados Unidos. “Aqui, somos os responsáveis por diferentes ramos da saúde pública. Além de zelar por animais de todos os portes, atuamos em áreas nutricionais e sanitárias, determinantes também para o bom-estar humano. Somos nós, médicos veterinários, os profissionais habilitados para controlar zoonoses e efetuar a inspeção de alimentos ao longo de toda a cadeia produtiva”, apontou.

Funções
Criados a partir da Lei 5.517 de 1968, os conselhos possuem como principais objetivos orientar e fiscalizar o exercício das profissões de médico-veterinário e zootecnista. O parlamentar ressaltou que, além da salvaguarda técnica, cabe aos representantes dos conselhos a defesa política de médicos veterinários e zootecnistas em todo o Brasil, sempre com o objetivo de proteger e valorizar as duas profissões. Apresentou como exemplo a luta vitoriosa da categoria contra o ensino à distância da Medicina Veterinária. “ Como poderíamos permitir que o ensino da nossa profissão, alicerçada em disciplinas que exigem a prática, fosse dado a alunos cujo contato presencial com os animais seria impedido? Como iríamos permitir que o leite que consumimos chegasse às gôndolas dos mercados com sua produção orientada por um profissional que não teve práticas ligadas à elaboração de alimentos? “, questionou.

Desafios
Rodrigo afirmou ainda que a categoria ainda têm diversos desafios pela frente. Um deles é a melhoria do ensino nas faculdades de Medicina Veterinária espalhadas pelo Brasil. A grade curricular, segundo ele, precisa estar conectada com o mercado, a fim de formar profissionais preparados para atuar com as melhores práticas e as melhores tecnologias. “Um entrave para isso está relacionado à proliferação de instituições que se dizem capacitadas para ensinar a Medicina Veterinária, mas que nós sabemos bem que muitas delas não estão”, criticou.

Hoje, o Brasil possui mais de 300 cursos de Medicina Veterinária, o que representa um terço dos cursos ofertados no mundo inteiro. Estimativa da Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária indica que 50 mil novas vagas são ofertadas todos os anos. “Esses 300 cursos estão capacitados para oferecer ensino de boa qualidade? Possuem equipamentos e instalações para preparar os alunos para o futuro?”, questionou, defendendo critérios mais rígidos para a abertura de novos cursos.

Homenagem
Antes de iniciar o Grande Expediente, o parlamentar homenageou com a Medalha da 55ª Legislatura o Dr. Ney Luis Pippi, referência mundial em diversas linhas de pesquisa e pioneiro no manejo de células-tronco adultas, coletadas da medula óssea. “Essa pesquisa originou diversas ramificações, servindo de base para estudos nos campos de reparação de falhas ósseas, sistema nervoso central, cicatrização muscular e atividade enzimática”, elencou.

Os deputados Pepe Vargas (PT), Capitão Macedo (PSL) e Frederico Antunes (PP) se somaram à homenagem por meio de apartes.

A cerimônia foi acompanhada pelo subsecretário do Parque de Exposições Assis Brasil, José Arthur de Abreu Martins; secretária geral do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Mariane Lamberts; superintendente federal de Agricultura, Bernardo Todeschini; presidente da Academia Rio-grandense de Medicina Veterinária, Augusto Cunha; presidente do Conselho de Odontologia do Rio Grande do Sul, Nelson Freitas Eguia; tesoureira da Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais, Vera Lúcia Machado; e presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários do Rio Grande do Sul, Maria Angélica Zolim de Almeida.

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