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Atuação das mulheres na veterinária e zootecnia
08/03/2018

O levantamento junto a Secretaria Geral do CRMV-RS aponta que 45,35% dos profissionais em atuação na Medicina Veterinária no Rio Grande do Sul são mulheres enquanto na Zootecnia esse volume cai para 26%. Números do mês de fevereiro de 2018 apontam que são 11.336 profissionais em atividade sendo 6.195 homens (54,65%) e 5.141 mulheres (45,35%).  Já a realidade gaúcha em termos de volume de profissionais zootecnistas aponta que são 483 em atividade. Desse total, 122 são mulheres(26%) e 361 são homens(74,74%). O quantitativo de profissionais no Brasil é de cerca de 118339 sendo 49% de mulheres e 51% de homens. O número total de zootecnistas no Brasil é de 8912 sendo 30% do sexo feminino e 69% do masculino. O estado com o maior percentual de mulheres atuantes na Medicina Veterinária é São Paulo, com 18724 onde 59% são mulheres. Logo depois vem o Rio de Janeiro com 6041 mulheres atuantes representando 60% dos profissionais daquele estado. Também é em São Paulo que se concentram o maior volume de mulheres zootecnistas, 571 ou seja 35% dos profissionais da area.
Realidades diferentes
As desigualdades salariais entre homens e mulheres ainda persistem no Brasil. Mesmo obtendo a maioria dos diplomas de curso superior no Brasil, a população feminina ainda ganha menos, ocupa menos cargos de chefia e passa mais tempo cuidando de pessoas ou de afazeres domésticos do que os homens. Esse é o quadro mostrado pelo estudo “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na véspera do Dia Internacional da Mulher.
A vantagem educacional das brasileiras pode ser explicada, em parte, por uma necessidade de se provar mais profissionalmente, já que as empresas têm resistência em contratá-las, reproduzindo a crença que mulheres em idade fértil ou mães custam mais e rendem menos que um homem. “Mas não é só isso, 40% das mulheres são chefes de família e têm buscado melhores oportunidades de colocação por esta via”, acredita Evelin Fomin, jornalista especialista em estudo de gênero, mídia e cultura e idealizadora do projeto SomosMuchas, uma plataforma de avaliação do ambiente de trabalho das empresas pelas mulheres.
A publicação do IBGE afirma que “no Brasil, não é apenas o sexo tem impacto significativo nas estatísticas, mas também cor ou raça, ser portador de deficiência, morar em áreas urbanas ou rurais reforçam desigualdades”. Alguns números exemplificam esse cenário: a taxa de fecundidade adolescente (de 15 a 19 anos) quase dobra na região Norte (85,1%) em relação ao Sudeste (45,4%). E ainda entre os índices de escolaridade, 23,5% das brancas têm formação superior e somente 10,4%  das negras e pardas.