A temporada de frio já chegou e com ela a necessidade de mantermos cães e gatos bem aquecidos. Ao contrário do que muita gente pensa, os pets sentem frio, sofrem com ele e podem adoecer, caso não sejam devidamente protegidos. O frio de “renguear cusco” é coisa do passado, pois mesmo os animais que ficam em pátios, ou cujos tutores são pessoas em situação de rua, devem ser aquecidos com mantas, roupinhas e casinhas para abrigo.
Para alertar sobre a importância de cuidar da saúde e do bem-estar de cães e gatos, durante a época de frio, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) lança a campanha “Tá frio? Pra cachorro e pra gato!”. “Apesar de terem pelos, cães e gatos sentem frio e precisamos ficar atentos para que eles recebem os cuidados necessários; casinha para os que vivem na rua, roupinhas, mantas e cuidados com a saúde, sempre sob a orientação de um médico veterinário”, afirma o presidente do CRMV-RS, Mauro Moreira.
O médico veterinário e secretário do CRMV-RS, Diego Souto, afirma que essa época do ano é propícia para o aparecimento de doenças respiratórias tanto em cães, quanto em gatos. “Nos caninos, é comum a traqueobronquite infecciosa canina, ou tosse dos canis, que cursa com tosse, espirros, secreção nasal e ocular, prostração, inapetência e febre. Nos felinos, o complexo respiratório felino, cujos sinais clínicos são secreção nasal e ocular, espirros, pneumonia, conjuntivite, febre, letargia, falta de apetite e úlceras na língua”, alertou.
Para proteger os pets, é importante realizar protocolo vacinal completo e cuidar com a exposição ao frio, fornecendo roupinhas, cobertinhas e casinhas bem aquecidas. “As roupas devem ser confortáveis e usadas, especialmente, em cães de pelo curto, sem pelo ou tosados. As roupas não são indicadas para cães alérgicos ou com pelo longo, que pode formar nós”. Para os gatos, que quase nunca aceitam usar roupas, o médico veterinário indica a oferta de caminhas, alguns gatos usam cobertinhas e bolsas de água quente.
Além das doenças respiratórias mais comuns, Diego alerta para o perigo da hipotermia que pode levar o animal à morte. “Assim como ocorre entre os humanos, a queda da temperatura corporal pode levar cães e gatos pode ser fatal. Os sinais clínicos são: tremores, letargia, sonolência, redução de frequência cardíaca e alguns animais ficam desorientados. O tutor pode notar as pontas das orelhas geladas e temperatura retal inferior a 36,5ºC”.
Os banhos e passeios no frio também merecem atenção especial: redução da frequência dos banhos nos animais que não têm problemas de pele, sempre a critério do médico veterinário e passeios nos horários mais quentes e menos úmidos do dia. E muito cuidado com o uso de estufas e lareiras para aquecer os pets, pois podem provocar queimaduras graves.
Você pode acessar as artes da campanha disponíveis para download gratuito, no formato A4 para imprimir e para redes sociais no link: crmvrs.gov.br/campanha...