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Março amarelo: campanha do CRMV-RS alerta sobre Doença Renal Crônica
25/03/2022

A cor amarela marca o mês de março como um alerta quanto ao desenvolvimento da Doença Renal Crônica (DRC), tanto em humanos como em animais. E para que os tutores possam conhecer um pouco mais sobre a enfermidade, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) lança a campanha institucional Doença Renal é coisa séria. “As doenças renais acometem tanto cães, quanto gatos e são irreversíveis. Mas, se diagnosticadas cedo, permitem melhor prognóstico e qualidade de vida para os pacientes”, afirma o presidente do CRMV-RS, Mauro Moreira.


A médica veterinária, Letícia Moreira, explica que a doença renal ocorre quando o néfron, unidade funcional do rim, é lesado de maneira irreversível. “Entre algumas causas de doença renal crônica estão a nefrite, a doença policística, a amiloidose e as nefrites, entre outros. Os rins apresentam alteração quando eles não conseguem mais desempenhar as suas funções e estão com pelo menos 75% de comprometimento”. Letícia diz que os rins exercem diversas funções, mas que a mais importante é a de filtração e eliminação de substâncias ruins e nocivas do corpo dos animais, como a ureia. “Agem também no equilíbrio de eletrólitos do corpo como potássio, sódio e outros. Os rins contribuem para equilíbrio acido-básico e assim mantém o ph sanguíneo, além disso excretam substâncias como medicações e produzem hormônios”, completa.


Segundo Letícia, os sinais clínicos variam conforme a gravidade da doença. Na sua fase precoce, em cães, os sinais são beber muita água e fazer bastante xixi. Em gatos é a perda de peso. Sinais de que a doença já está um pouco mais evoluída: vômito, por conta da lesão renal, diarreia, inapetência, constipação, emagrecimento e letargia. 


A médica veterinária, Rochana Rodrigues Fett, destaca que o disgnóstico precoce é imprescindível e deve ser feito através de exames completos de sangue, urina e exames de imagem, como ultrassom abdominal e exame radiológico, como complemento para investigação de cálculos. “O exame de sangue mede a creatinina, ureia, potássio, fósforo e cálcio iônico. O exame de urina vai nos ajudar a determinar o ph, a densidade urinária e o exame de relação proteína-creatinina urinária que determina se ocorre perda de proteína pelos rins”. 


O tratamento é feito à base da correção dos distúrbios eletrolíticos, hidratação e alimentação. Rochana ressalta ainda que é importante corrigir quadros de anemia, quando essa está presente e aferir também a pressão arterial, já que hipertensão arterial é uma das consequências da doença renal. “Infelizmente, no Brasil não temos transplante renal para gatos, por isso nossos pacientes só podem ter tratadas as comorbidades aparentes”. 


Além disso, o manejo nutricional dos pacientes é de extrema importância como tratamento coadjuvante da doença. “Permite um melhor controle da doença, pois reduz as alterações metabólicas ocasionadas pela injúria renal”, explica Letícia Moreira.


Confira as artes da campanha Doença Renal é Coisa Séria disponíveis para download clicando aqui.