A decisão de cursar zootecnia veio muito cedo na vida de Lizandra Padoin Machado, ainda no tempo do colégio, quando durante a semana acadêmica, a turma fez uma visita à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), para conhecer os cursos. “Eu me apaixonei pela zootecnia, trabalhar com produção animal, genética, nutrição me encantou”, diz Lizandra. 

Ela conta que desde aquele dia, quando decidiu o futuro profissional dela, se preparou para possíveis desafios que poderiam vir em função de “ser mulher num mundo tão machista”. No entanto, ela conta que teve a sorte de, já no primeiro, emprego ter um chefe que contratava em igualdade homens e mulheres. “Era uma ótima equipe e os integrados tinham uma boa receptividade. Se em algum momento falassem algo desmerecendo o gênero, tínhamos uma boa conversa amigável para desconstruir conceitos e dava certo”.

Lizandra é nutricionista animal da empresa Alibem Alimentos S.A. e relata que até hoje tem a sorte de trabalhar com pessoas que nunca fizeram distinção de gênero. “Nessa caminhada sempre fui ciente que temos que ter um posicionamento firme para sermos respeitadas, mas sempre tive muita sorte nos locais onde trabalhei”.