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Questões comportamentais devem ser avaliadas antes de decidir ter um pet
10/03/2022

A relação custo-tempo é apenas uma parte da equação a ser entendida por quem deseja ter um animal de estimação. Deniz Anziliero, conselheiro do CRMV-RS e coordenador do curso de Medicina Veterinária da IMED, lembra que é preciso pensar nas características de cada espécie. Animais de grande porte, por exemplo, como cães labradores ou golden retriever necessitam de um espaço adequado para poderem se movimentar ou do comprometimento diário dos tutores para passeios de forma que possam se exercitar. Saídas para que o animal possa fazer xixi e cocô não podem ser contadas como passeio, pois normalmente são períodos curtos apenas para atender essas necessidades básicas.

 

Também é preciso lembrar que, quando são filhotes, é preciso paciência na adaptação. “Do nascimento até os seis, sete meses, o filhote de cão dá muito trabalho: ele tem que aprender a fazer xixi e cocô no lugar certo e irá roer sapatos, portas ou móveis porque estará em pleno desenvolvimento de sua estrutura dentária”, explica Anziliero, orientando que o tutor precisa estar ciente do processo todo. “Essa falta de conhecimento é o segundo ponto que talvez leve a maior causa de abandonos por parte dos tutores dos seus filhotes”, aponta o especialista.

 

O médico veterinário é taxativo no que tange à decisão de ter um pet. “É preciso ter mais razão do que emoção. Esses quesitos precisam ser pontuados no momento em que o tutor ou a família decide por adotar ou comprar um pet”, sentencia.