Muitas vezes, o que causa o abandono é a falta de preparo dos tutores quando decidem levar um pet para casa. “Muitas pessoas compram ou adotam sem pensar nas condições necessárias que cada animal exige, conforme as suas características. Além disso, todos precisam dos mesmos cuidados básicos, que envolvem consultas veterinárias, vacinas, medicamentos, banho, tosa, alimentação e hidratação”, aponta a médica veterinária Regina Costamilan, vice-presidente do CRMV-RS, ao reforçar que, além de desumano, abandonar um animal à própria sorte é um ato criminoso.

O que acontece, na maioria dos casos, é que os animais ficam vagando pelas ruas, uma vez que as prefeituras não têm condições de encaminhá-los para canis e gatis municipais, dado que a maioria já funciona com a capacidade máxima de atendimento. “Eles sentem fome, sede e também os efeitos do clima, pois ficam submetidos ao frio ou ao calor por estarem desprotegidos e sujeitos às intempéries”, lamenta Regina, ao destacar que muitos deles acabam sendo vítimas de atropelamentos. “Eles ficam desorientados nas ruas, pois muitos viviam dentro de casas onde tinham água, comida e abrigo”, completa.