O início do verão marca, além das altas temperaturas, a chegada dos feriados prolongados de Natal, Réveillon e Carnaval, bem como o período de férias de grande parte das famílias brasileiras. No entanto, as viagens realizadas neste período muitas vezes não incluem os pets nos planos.

A consequência disso é o aumento significativo no abandono de animais de estimação nesta época do ano, em especial cães e gatos. O abandono é crime, previsto pela Lei Federal nº 9.605/98, e a pena para quem comete esta infração passou de um para até cinco anos de reclusão a partir da Lei Federal nº 14.064/20, sancionada em setembro do ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro. “A sociedade precisa estar ciente sobre os resultados brutais da prática desses crimes, tanto pelo sofrimento extremo imposto aos animais quanto aos riscos para a saúde pública”, destaca o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS), Mauro Moreira.

O abandono é um dos atos mais cruéis, pois os animais descartados estão sujeitos a maus-tratos e sofrem com falta de comida e de água. E mais: cães e gatos que vivem nas ruas ficam sujeitos a desenvolver uma série de doenças em função da desnutrição e do próprio ambiente, e podem transmiti-las aos humanos. Essas são as chamadas zoonoses, caso da raiva, leptospirose, micoses, verminoses e bactérias como salmonela, por exemplo.