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CRMV-RS é destaque em reportagem especial do Correio do Povo sobre abates clandestinos
26/02/2022

O Correio do Povo Rural, suplemento dominical do Correio do Povo, traz reportagem especial sobre abates clandestinos na edição do dia 27. O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) é destaque na publicação, assinada pelo jornalista Danton Júnior, com entrevista concedida pelo presidente Mauro Moreira. Confira!

Para CRMV, mais municípios devem ter o SIM

Conselho entende que a legislações devem ser unificadas porque a ausência de um serviço de inspeção local favorece o abigeato e a produção clandestina de carne

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV/RS), Mauro Correa Moreira, as prefeituras deveriam avançar na implantação do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que é o responsável pela fiscalização de produtos de origem animal em trânsito dentro do município. A ausência do serviço, segundo Moreira, favorece a produção clandestina e o abigeato.

Moreira defende a unificação da legislação dos SIMs. O tema deve pautar reunião do CRVM/RS com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) nas próximas semanas. Conforme o dirigente, é necessário que os serviços municipais possam se comunicar e trocar informações sobre o abate de animais. “Precisamos ter um controle sanitário que faça a interface entre a inspetoria veterinária, o SIM e até mesmo o SIF. Com um sistema unificado, poderemos ter um controle maior”, acredita. A unificação também ajudaria a coletar informações sobre o número de abates, conforme Moreira, levando-se em conta que o Rio Grande do Sul é um grande produtor e consumidor de carne.

Há também casos de municípios que não preveem a presença de um médico veterinário nos momentos de abate e pós-abate, segundo Moreira. Porém, ele alega que se o responsável técnico for um profissional de outra área, o CRMV/RS não tem como atuar – o que reforça o pleito por uma legislação unificada. “A responsabilidade técnica não é para o conselho fiscalizar, é para dar à sociedade o direito de consumir um produto certificado”, defende o presidente do CRMV.

No caso de municípios que não contam com o SIM e nem com um médico veterinário para fiscalizar os abates, há o risco de que um produto sem origem conhecida também seja abatido, segundo Moreira. Ao longo de 2022, o CRMV/RS planeja oferecer cursos de responsabilidade técnica a profissionais que atuam em abates.

Criada em 2018, a Associação dos Servidores da Inspeção dos Serviços Municipais do Rio Grande do Sul (Assim/RS) conta com 80 associados. Segundo o presidente da entidade, Ariel Duarte Lima, os profissionais da área estão sujeitos muitas vezes a interferências políticas, que visam flexibilizar o cumprimento da legislação. Na avaliação dele, fortalecer o SIM é a melhor forma de combater o abate clandestino e o abigeato.

A íntegra da reportagem pode ser conferida no link https://bit.ly/3JWka8u.