A saúde única esteve entre os principais temas de debate na plenária do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMV-MG), realizada nesta segunda-feira (29), e que contou com a participação da presidente do CRMV-RS, Lisandra Dornelles, e do vice-presidente do CRMV-CE, Daniel Viana. Na pauta, também foram abordados assuntos como legislações a respeito do mormo, questões referentes ao aparecimento de novos casos de esporotricose e a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) e declaração de RT exigidas pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). “Conhecer as particularidades de cada região a respeito de assuntos que são de interesse nacional ajudam na elaboração de soluções que possam beneficiar a profissão e em especial a saúde da população”, comenta Lisandra, ao destacar que o comparativo é fundamental para estimular a adoção de ações assertivas. 

A esporotricose, que é uma preocupação comum em todo o País, foi desdobrada de forma a auxiliar todos os conselhos, que estão atentos à gravidade da doença. A presidente do CRMV-RS e o vice-presidente do CMVR-CE fizeram uma explanação a respeito das medidas de combate à doença em seus estados. “Apresentamos a campanha que o CRMV-RS realizou a respeito e também alertamos quanto ao perigo da subnotificação, tanto da esporotricose quanto do mormo”, relata Lisandra. 
Em relação ao mormo, a presidente do CMRV-RS destacou a grande quantidade de eventos equestres, muitos rodeios, realizados em muitos municípios gaúchos. É fundamental a exigência de responsáveis técnicos nesses eventos, assim como de registro dos eventos nos conselhos para que se possa fazer uma fiscalização” enfatizou Lisandra, destacando que a fiscalização rigorosa é essencial. O vice-presidente do CRMV-CE lembrou que, na região Nordeste, questão envolve os jumentos, que são mais sensíveis ao mormo que os cavalos, o que exige atenção redobrada. 

O encontro também proporcionou a troca de expertise em reunião administrativa. Bruno Divino,  presidente do CRMV-MG, Joaquim Amâncio, superintendente-executivo do CRMV-MG, e a chefe da fiscalização do CRMV-MG, a médica veterinária Rafaela Luns, apresentaram as inovações utilizadas na fiscalização de Minas Gerais, relataram ainda os resultados de programas utilizados para agendamento de profissionais, situação que ganhou ainda mais importância em função da pandemia, além de explicarem a condução de assuntos administrativos  voltados a pessoas físicas e jurídicas, de forma a contribuir para o aprimoramento dos serviços prestados pelos conselhos.