A criação de raças tradicionais de galinhas é uma forma de preservar a variabilidade genética da espécie, além de fomentar uma cultura tradicional de diversas comunidades rurais do Brasil. Esse foi um dos pontos abordados pelo zootecnista Elsio Figueiredo, pesquisador na Embrapa Suínos e Aves, na primeira palestra da programação do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) na 44ª Expointer. A reunião virtual, promovida pela Comissão de Serviço Social e Interesse Público e pela Câmara Técnica de Zootecnia do CRMV-RS, foi realizada neste sábado (4).

Um dos temas foi o projeto de lei 318/2021, que declara a criação de animais Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. “Sobre as aves, ele cita os galináceos Índio Gigante, Paraíso Pedres e Peloco, que assumem papel importante para economias locais pela sua capacidade de carne e ovos para criação de subsistência, inclusive em comunidades quilombolas”, destaca Figueiredo.

Segundo a coordenadora da Comissão de Serviço Social e Interesse Público do CRMV-RS, a zootecnista Elisa Osmari, o resgate da criação de raças tradicionais é uma forma de incentivar a atividade de comunidades rurais, o bem estar animal e a segurança alimentar da população em geral. “Muitos desses animais são criados em sistema orgânico e adoecem menos. Essa é uma atividade ligada aos pequenos produtores, e atende a uma importante demanda de subsistência. Incentivar essas criações também demonstra que não existem apenas os híbridos comerciais, e ajuda a preservar a variabilidade genética da espécie”, afirma Elisa.

Programação CRMV-RS na Expointer

Durante a 44ª Expointer, o CRMV-RS está realizando uma série de seminários e eventos com temas relevantes para médicos veterinários, zootecnistas e público interessado. Os eventos podem ser acompanhados pelo canal do CRMV-RS no YouTube: https://www.youtube.com/c/CRMVRS1.