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Revista da Medicina Veterinária Militar é lançada durante o II Seminário Muniz de Aragão
17/06/2021

A Revista da Medicina Veterinária Militar teve seu lançamento nesta quinta-feira (17), Dia da Medicina Veterinária do Exército, durante o II Seminário Muniz de Aragão, que fez parte das atividades da Câmara Nacional de Presidentes do Sistema CFMV/CRMVs, que ocorre em Brasília. A publicação foi apresentada pelo Coronel Revista da Medicina Veterinária Militar durante o II Seminário Muniz de Aragão.

 

A Revista da Medicina Veterinária Militar teve seu lançamento nesta quinta-feira (17), Dia da Medicina Veterinária do Exército, durante o II Seminário Muniz de Aragão, que fez parte das atividades da Câmara Nacional de Presidentes do Sistema CFMV/CRMVs, que ocorre em Brasília. A publicação foi apresentada pelo Coronel do Exército Francisco Augusto Pereira dos Santos, vencedor da primeira Comenda Muniz de Aragão. Entre os 29 indicados à premiação, ele foi escolhido pelos 32 anos de relevantes serviços prestados à Medicina Veterinária Militar Brasileira.

 

“Todas as publicações que destaquem a importância do papel dos médicos veterinários para a saúde das pessoas, dos animais e do ambiente são fundamentais. É preciso mostrar à sociedade que o papel da Medicina Veterinária é muito amplo e está relacionado à saúde da população”, destaca a presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS), Lisandra Dornelles, ao lembra que são eles os profissionais que inspecionam os alimentos de origem animal, como mel, manteiga e leite, cheguem com qualidade à mesa dos consumidores, para citar apenas um exemplo.

 

Sobre a Comenda

 

O coronel Francisco Augusto começou sua carreira no Exército em 1989, quando chefiou a Seção de Cães-de-Guerra do 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro. De lá para cá, passou pela chefia do Laboratório de Inspeção de Alimentos e Bromatologia do 1º Depósito de Suprimento (RJ), onde era o responsável pela segurança e qualidade alimentar dos gêneros consumidos pelos militares do Rio de Janeiro e Espírito Santo; foi instrutor-chefe do curso de formação e especialização em Inspeção de Alimentos para os oficiais veterinários de carreira do Exército, na Escola de Saúde do Exército; serviu no Instituto de Biologia do Exército; e foi responsável pela produção de plasma hiperimune equino para a produção nacional de soro antipeçonhento (ofídico/escorpiônico). Serviu ainda no Hospital de Guarnição de Marabá (PA) e teve o cargo de diretor do Hospital Veterinário da Escola de Equitação do Exército (RJ), unidade responsável, inclusive, pelo atendimento veterinário aos equinos selecionados para os Jogos Olímpicos de 2016.

 

Participou de duas missões da Organização das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH), em 2011 e 2014, nas quais era responsável pela manutenção da higidez da tropa, coordenando a execução de medidas de profilaxia da malária, cólera, dengue, chikungunya e filariose. Também se encarregou da segurança dos alimentos de 900 militares, realizando inspeção da água e dos gêneros alimentícios consumidos, além de medidas de biossegurança, defesa biológica, controle de zoonoses e gestão ambiental. Recebeu a medalha da ONU por bons serviços prestados nos contingentes brasileiros de missão de paz, no Haiti.

 

Atuou como o primeiro Oficial Veterinário da Operação Acolhida, ação de ajuda humanitária do Governo Federal aos imigrantes venezuelanos, nas cidades de Pacaraima e Boa Vista, ambas em Roraima. Lá, contribuiu com ações de controle de zoonoses, pragas e vetores, biossegurança, segurança dos alimentos e vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental.

 

Chefiou a Missão Roraima II, 16ª ação interministerial dos Ministérios da Defesa e da Saúde, no contexto da Operação COVID, no combate ao novo coronavírus e em prol da saúde dos povos indígenas Yanomami, nas aldeias Parima, Parafuri, Kaianaú, Alto Mucajaí e Baixo Mucajaí, além das comunidades que vivem no entorno dos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) de Auaris e de Surucucu, em Roraima.

 

Atualmente, é assessor de saúde do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), no Rio de Janeiro, no qual capacita militares, civis e policiais militares designados para missões de paz da ONU. Durante a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), tem realizado treinamentos sobre a covid-19 em organizações militares de saúde e instituições civis.

 

O coronel é titular da Academia de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro e membro da Comissão Estadual de Saúde Pública Veterinária, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ).

 

“Somado ao primeiro Prêmio Honra ao Mérito Médico-Veterinário Militar, recebido em 2018 do presidente do CRMV-RJ, Rômulo Spinelli, a Comenda Muniz de Aragão servirá como um estímulo maior na luta incessante pela divulgação e reconhecimento de nossa bela e nobre profissão, não apenas no meio civil, como também no meio militar”, destaca Francisco Augusto.

 

Por cada década de bons serviços prestados ao Exército Brasileiro, o coronal já recebeu as medalhas militares de bronze (10 anos), prata (20 anos) e ouro (30 anos). Foi laureado, ainda, com as medalhas Osório, o Legendário (excelente desempenho funcional, irrepreensível conduta civil e militar e excepcional desempenho físico ao longo da carreira); do Serviço Amazônico (bons serviços prestados em organização militar da região amazônica); e do Pacificador (bons serviços prestados ao Exército e ter se tornado credor de homenagem especial da Força).

 

“Espero que a comenda estimule também os profissionais das novas gerações, sucessores do legado deixado pelos nossos competentes e dedicados antecessores, que merecem ser lembrados e reverenciados. Por isso, agradeço ao coronel veterinário William Ribeiro Pinho, meu mestre e mentor, a quem devo as minhas conquistas profissionais”, conclui.

 

O ano de 2020 marca a escolha do vencedor da primeira Comenda Muniz de Aragão, instituída pela Resolução CFMV nº 1291, de 24 de setembro de 2019. O nome da premiação é uma homenagem a João Muniz Barreto de Aragão (1874-1922), tenente-coronel médico do Exército Brasileiro, que desenvolveu trabalho relevante no combate a zoonoses, em especial, ao mormo, além de ter criado e dirigido o Serviço de Defesa Sanitária Animal, embrião que viria a ser o Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura. Patrono da Medicina Veterinária Militar, Muniz de Aragão empenhou-se pela estruturação do ensino da Medicina Veterinária no Brasil e foi diretor da Escola de Veterinária do Exército.

 

A homenagem é prestada anualmente, em 17 de junho, Dia da Medicina Veterinária Militar Brasileira, que se refere à data de nascimento do tenente-coronel. São elegíveis profissionais das Forças Armadas (Marinha, Exército ou Aeronáutica) ou das Polícias Militares dos estados e do Distrito Federal.

 

*Com informações da Assessoria de Comunicação do CFMV