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Programa Gaúcha Hoje divulga nota de esclarecimento do CRMV-RS sobre contágio do novo coronavírus
23/03/2021

O programa Gaúcha Hoje, da Rádio Gaúcha, divulgou na manhã desta terça-feira (23) nota do CRMV-RS que esclarece as dúvidas quanto ao contágio do novo coronavírus entre humanos e animais. Confira a nota na íntegra:

 

A pandemia do novo coronavírus tem causado muitas dúvidas na população em relação ao contágio entre humanos e animais, fato que não tem qualquer comprovação científica. A polêmica voltou à tona com a divulgação de ofício emitido pela Superintendência Federal de Aagricultura, Pecuária e Abastecimento do Rio Grande do Sul (SFA/RS). O documento notifica sobre felino doméstico com diagnóstico positivo para SARS-CoV-2 em Caxias do Sul duas semanas após seus tutores terem testado positivo para Covid-19. Por isso, o Conselho de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) volta a alertar que animais de estimação não transmitem coronavírus aos humanos.

 

O CMRV-RS reitera que, embora não haja evidências científicas de que os pets sejam fonte de infecção para humanos ou que o vírus possa se replicar entre animais, é imprescindível lavar as mãos antes e depois de interagir com os pets e seus pertences, assim como manter o distanciamento do bichinho de estimação caso o tutor esteja doente.

 

A Comissão de Saúde Única do CRMV-RS está empenhada em acompanhar todas as informações científicas, de forma a esclarecer dúvidas da população sobre a atual pandemia de Covid-19 na saúde humana e animal.

 

Os comunicados do CRMV-RS serão atualizados sempre que houver qualquer novidade a respeito, com compromisso ao combate a informações falsas e irresponsáveis que possam causar ações danosas à sociedade.

 

O CRMV-RS reforça que o abandono de animais é crime, previsto no artigo 32º da lei 9.605/98, e que a rotina de cuidados com os pets deve ser mantidas pelos seus tutores.

 

Recomendações importantes sobre contato de pessoas doentes com seus pets:

 

- A recomendação é que pessoas acometidas por qualquer doença infecciosa – não apenas a Covid-19, mas também dermatites e gripes, por exemplo – aumentem os cuidados com higiene, como lavar as mãos com frequência, por exemplo, e diminuam o contato com outras pessoas e com animais.

 

- Reduzir o contato não significa tirar os animais de casa ou se afastar das funções de tutor. A rotina de cuidados precisa ser mantida, como a oferta de alimentação e água fresca, cuidados com a saúde e a higiene, garantia de acesso a locais em que possam fazer suas necessidades básicas.

 

- A indicação refere-se à necessidade de o tutor, se doente, evitar contatos mais próximos, como dormir com o animal na cama, beijá-lo ou mantê-lo no colo, para citar alguns exemplos.

 

- Essa orientação é geral e segue protocolos de saúde que buscam reduzir a exposição de outros indivíduos a qualquer tipo de vírus, de forma a evitar o intercâmbio ou adaptação desses agentes infecciosos em diferentes espécies.

 

- É importante lembrar que os casos de animais positivos para o SARS-CoV2 e que envolvem principalmente felídeos (grupo que inclui gatos domésticos e seus “parentes” silvestres, como jaguatiricas, onças, tigres e leões) ainda estão baseados em poucos testes experimentais– quando o animal é infectado em laboratório para estudo da doença – ou após exposição a pessoas infectados.

 

POR ISSO, ATENÇÃO!

 

- Os resultados de estudos feitos em animais contaminados e a possível transmissão a humanos não são conclusivos nem suficientes para afirmações sobre as formas que o vírus é transmitido.

 

- Até o momento, as pesquisas científicas não comprovam a possibilidade de transmissão do vírus de animais para humanos.

 

- Ainda não há dados que indiquem que qualquer animal doméstico tenha algum papel na disseminação de SARS-CoV2.

 

- Mas é importante reforçar que o SARS-CoV2 é considerado um patógeno zoonótico, ou seja, um microrganismo causador de doenças que potencialmente infecta humanos e animais. Desta forma, sua capacidade de disseminação entre espécies diferentes não pode ser descartada, porém, deve ser tratada com cautela para evitar divulgação de informações equivocadas.

 

O momento exige cautela e atualização constante das informações com base em fontes científicas, e também que todos nós reforcemos o compromisso com a guarda responsável e CONTRA O ABANDONO DE ANIMAIS.